O comércio conectou civilizações e povos pelo mundo desde o início da história da humanidade. Através de trocas de produtos, as especiarias locais viajavam o mundo desde muito antes do termo “globalização” existir. A busca por novos produtos fez com que os povos saíssem de seus locais para desbravar outros continentes. Esse comércio internacional dos primórdios causou muita interação entre povos diferentes, o que vem acompanhado de conflitos e muitas descobertas.
A Rota da Seda foi uma das primeiras redes de conexão entre o Oriente e o Ocidente, cruzava diversos povos e civilizações e era repleta de lendas e mitos. Fizeram parte desta histórica rota comercial grandes líderes como Alexandre, o Grande, Marco Polo e Genghis Khan.
História
A Rota da Seda era, na verdade, formada por diversas rotas interconectadas que passavam pelo sul da Ásia e eram utilizadas para transportar uma iguaria chinesa (a seda) para a Europa. Essas rotas tinham profunda influência na economia da época e formava a maior rota comercial do mundo antigo.
Saindo da China, elas passavam pela Índia, Mongólia, Pérsia, Oriente Médio, Turquia, até chegar à Europa. As rotas continentais (existe também a rota marítima) eram dividias por sul e norte e sua influência era tanta que chegaram a ser criadas cidades até na Bulgária. Estas rotas foram em grande parte responsáveis pelo desenvolvimento de cidades e também levam crédito pelo fundamento do mundo moderno. A movimentação da mercadoria era feita através de caravanas de camelos.
A importância destas rotas deve ser creditada a uma especiaria extremamente valiosa na época (e ainda até hoje): a seda. Os chineses dominaram a técnica da produção deste luxuoso tecido e, através das trocas comerciais, encontraram pessoas dispostas a pagar bem caro pelo produto. As trocas comerciais na Rota da Seda permitiram que diversas culturas estabelecessem contato pacífico entre elas, sendo essencial para a formação das civilizações antigas.
A nova Rota da Seda: “One Belt, One Road”
Com tamanho crescimento econômico, o governo chinês utilizou-se de um antigo conceito para se conectar à economia de países da região oriental. A Nova Rota da Seda tem movimentado a economia de países com desenvolvimento estagnado, como alguns países africanos que não recebem investimentos externos há anos.
O plano é que esta nova Rota da Seda chegue até a América Latina, espalhando ainda mais os produtos chineses pelos mercados globais e alavancando o desenvolvimento econômico chinês ainda mais. Esta passará por cidades como Jacarta, Kuala Lampur, Cingapura, Hanoi, Calcutá, Almaty, Duchambé, Samarcanda, Teerã, Istambul, Moscou, Veneza, até o porto de Roterdã.
Por Mariana Madrigali