Uma das relações diplomáticas com as quais o Brasil mais evoluiu nas últimas décadas foram justamente com um país que está no outro lado do globo, a China.
Com o início das relações em 1974, as relações diplomáticas entre o gigante asiático e o Brasil só cresceram e, desde 2009, a China é a principal parceira econômica e comercial do Brasil.
Além disso, o maior investidor estrangeiro dentro do território brasileiro é a China.
Como já sabemos quão importante são as relações comerciais Brasil-China, a China Vistos traz agora um pouco do histórico de tais relações, abrangendo também suas relações comerciais.
Os avanços bilaterais entre esses dois países vão desde a criação do acordo de swap de moeda local, com vistas a salvaguardar o comércio bilateral em eventuais situações de crise econômica em ambos os países, até atuações em conjunto em blocos internacionais como BRICS e G-20.
Separamos os maiores acontecimentos dessas relações diplomáticas em décadas. Confira abaixo:
Década de 80
Foi durante tal década que ocorreram as primeiras visitas de chefes de Estado e Ministros de Relações Exteriores de ambos os países. João Baptista Figueiredo foi o primeiro presidente do Brasil a visitar o território chinês (1984) e logo foi sucedido pela visita do Presidente Sarney, no final da mesma década (1988).
O maior feito diplomático dessa década entre os países foi a criação do programa CBERS – China-Brazil Earth Resource Satellites.
Década de 90
Logo em 1990 ocorreu a primeira visita de um Chefe de Estado chinês ao território brasileiro – o presidente chinês da época era Yang Shangkun. A primeira simpatia entre os países foi a declaração pública do apoio brasileiro em relação a entrada da China na Organização Mundial do Comércio (OMC). E no fim da década foi concretizado o lançamento do satélite CBERS-1.
2000 – 2010
O milênio 2000 começa muito bem para a China, pois ela torna-se o principal parceiro comercial do Brasil dentre todos os países asiáticos. Em seguida, foi lançado o segundo satélite CBERS e iniciou-se a COSBAN (Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação). A primeira reunião da Cosban foi liderada pela Vice Primeira-Ministra chinesa, Wu Yi, e o Vice-Presidente brasileiro do período em questão, José Alencar.
Em 2007, iniciaram-se diálogos entre as chancelarias chinesa e brasileira e o diálogo estratégico Brasil-China em Pequim. Além disso, houve um maior número de visitas entre representantes de Estado de ambos os países nesse período em relação aos outros períodos antecedentes.
Os maiores feitos dessa década ocorreram no ano de 2009, com a elevação da China como o maior parceiro comercial do Brasil no mundo inteiro e a primeira cúpula dos BRICS (que na época era apenas “BRIC” devido a ausência da África do Sul).
2010-2015
Iniciou-se uma relação nessa década no ano de 2011 com o Diálogo de Alto Nível Brasil-China em Ciência, Tecnologia & Inovação e durante a III Cúpula dos BRICS em Sanya, com a presidente Dilma Roussef. Adiante, houve a assinatura do Plano de Ação Conjunta Brasil-China em Saúde e a reunião multilateral envolvendo China e Brasil tratando sobre mudanças climáticas.
Em 2012, ocorreu a reunião dos BRICS na Índia, a reunião Conferência Rio+20 e a assinatura do Plano Decenal de Cooperação 2012-2021. Além disso, chegou-se a conclusão que ambos países elevariam as relações ao nível de Parceria Estratégica Global. Na área comercial, elevou-se ainda mais a China, a qual tornou-se a maior importadora de produtos brasileiros.
No ano seguinte, ocorreu mais uma reunião dos BRICS, uma reunião da COSBAN, uma reunião do G-20 e uma rara reunião bilateral tratando sobre temas migratórios. A relação estreitou-se com as visitas de diversos membros da política brasileira à China, em conjunto com a criação do mês do Brasil na China e a criação do mês da China no Brasil, Setembro e Outubro respectivamente. Além disso, foram lançados mais 2 satélites CBERS. Em 2014 e 2015 houveram inúmeros encontros internacionais relacionados aos BRICS, questões socioambientais, como G20, dentre outras temáticas.
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Por Leonardo Souza Silveira
Fonte: Itamaraty.gov.br; Chinahoje.net; Inpe.br; Politica.estadao.com.br; Medium; Portaldaindustria.com.br; Jornaldocomercio.com; Noticiasaominuto.com.br