A moeda chinesa, yuan, sofreu a primeira baixa em 11 anos (em 2008). A iniciativa partiu do governo chinês, numa tentativa de … A baixa cotação do valor do Yuan afeta também as ações chinesas, tudo isso com um fator influenciador: a disputa comercial com os EUA.

 

 

Dentro dos limites da China, o yuan caiu 0.7%, e no exterior sua mínima foi 7,1850 yuan para cada dólar. O índice que reúne as maiores empresas de Shanghai e Shenzen  registrou queda de 1,44%, sendo profundamente influenciadas pelas recentes alegações de Donald Trump. Foram registrados recuos na economia de diversos polos econômicos asiáticos, como Tóqeui, Seul, Singapura e Taiwan. Não só na Ásia, a desvalorização da moeda chinesa tem potencial de afetar toda a economia mundial, inclusive países da América Latina.

 

Relação com a alta do dólar

Acontece dessa maneira: com o yuan em valor baixo, o mercado financeiro mundial começa a movimentar seus investimentos, causando fuga de mercados instáveis e dolarização (já que os investidores buscam investir em uma moeda forte e estável).  Os EUA, por sua vez, acusam a china de manipular o seu câmbio.

Outra consequência da baixa do yuan é a possível diminuição da demanda de produtos brasileiros por parte da China, como matérias-prima.

 

 

Guerra comercial

A guerra comercial travada no ano passado, 2018, por esses dois grandes países ainda não tem uma conclusão no horizonte. A baixa da moeda ocorreu após anúncio de uma taxação de 10% em um montante de produtos exportados que somam US$300 bilhões.

 

US President Donald Trump (L) sits with Chinese President Xi Jinping (R) during a bilateral meeting at the Mar-a-Lago estate in West Palm Beach, Florida, on April 6, 2017. / AFP PHOTO / JIM WATSON (Photo credit should read JIM WATSON/AFP/Getty Images)

 

Recentemente, Xi Jinping anunciou uma taxação de US$ 75 bilhões em mercadorias dos EUA. A atualização mais recente das taxações da guerra comercial  é de ambos os lados aumentando suas tarifas sob exportações. Trump registrou uma taxação de US$ 550 bilhões em produtos chineses que desejavam entrar nos EUA.

 

Por Mariana Madrigali