O número de brasileiros morando na China cresceu exponencialmente nos últimos cinco anos, tendo aumentado cerca de 50%. A maioria sai do Brasil em busca de oportunidades no gigante asiático, que atrai profissionais e empreendedores brasileiros, de olho no crescimento econômico chinês. Além do atraente mercado de trabalho, as renomadas universidades chinesas também atraem estudantes brasileiros. O Itamaraty estima que em 2018 o número de brasileiros na China era de 16,7 mil. Muitas vezes, esses “novos chineses” saem do Brasil com uma carga preciosa: seus filhos!
E agora, aonde os pequenos vão estudar no novo país?
Vida escolar na China
A maioria das crianças chinesas começa a frequentar a escola aos 4 ou 5 anos de idade, e nela permanece até ir para a faculdade, ou ingressar no mercado de trabalho. A maioria das escolas públicas chinesas (e escolas internacionais também) funcionam em período integral e oferecem uma boa qualidade de ensino. Existem também as escolas internacionais, escolha da maioria dos estrangeiros quando chegam à China. O horário escolar é das 8h15 às 15h30, sendo possivelmente estendido por atividades extracurriculares. É importante pontuar também que a disciplina nas escolas chinesas é infinitamente maior do que na maioria das escolas brasileiras: as regras de conduta devem ser respeitadas.
Ingresso na escola
Se seu filho tem até 5 anos, você pode colocar ele nos chamados “kindergarten” (jardim de infância) chinês ou bilíngue. As crianças que iniciam nessa idade são alfabetizadas em mandarim e em pouco tempo ficam trilíngues (português, mandarim e inglês). Para os mais velhos as escolar internacionais acabam sendo a melhor opção. Para o ensino fundamental não é exigido um nível de inglês elevado e o mandarim é bastante incentivado (eles acabam aprendendo no dia-a-dia). Já no ensino médio a coisa fica um pouco mais complicada pois é necessário no mínimo um nível básico do inglês.
Escolas internacionais e chinesas-bilíngue
As escolas chinesas-bilíngue têm o ensino do inglês em suas grades mas mantém o padrão de ensino seguido por todas as escolas chinesas. Se seus filhos estudarem em escolhas chinesas-bilíngue, poderão conhecer mais amigos chineses, se adaptar melhor a cultura local e seguir o ensino nacional chinês. Caso ele vá para uma escola internacional, só terá contato com estrangeiros ou chineses com passaportes estrangeiros, já que chineses são proibidos de estudar em escolas internacionais.
Falando sobre preço, as escolas internacionais com certeza são as mais caras, costumando ser o dobro do preço das escolas chinesas-bilíngue (também conhecidas por ser frequentada pela elite chinesa). Esse tipo de educação é paga, normalmente adiantado, o que encarece o processo de expatriação de estrangeiros com filhos para a China.
As escolas locais, que ensinam apenas o mandarim, não são indicadas para crianças com mais de 7 anos pois a adaptação é muito difícil.
A escola pode ser uma grande aliada na adaptação dos pequenos por ensinar o idioma local (crianças costumam aprender mais rápido que seus pais) e também por servir comidas típicas da região. Primeiramente tudo vai causar estranheza, mas a capacidade de adaptação deles pode te surpreender!
Por Mariana Madrigali