Experimento pioneiro

Os chineses realizaram nesta semana um experimento pioneiro no mundo da medicina: editaram os genes de duas gêmeas que portavam HIV, removendo essa condição. As duas bebês foram as primeiras da história a terem seus genes editados. Apesar disso, uma pesquisa recente mostrou que o procedimento diminuiu suas expectativas de vida. A operação não foi aceita por unanimidade pela comunidade científica e está sofrendo duras críticas na China, como exposto abaixo.

A técnica de edição de DNA chamada Crispr pode ter tornado essas bebês que nasceram recentemente na China imunes ao vírus HIV, o que envolve uma questão ética forte. O médico He Jiankui, responsável pelo procedimento, defende o sucesso de sua. O doutor deve participar de uma cúpula sobre edição genética humana na Universidade de Hong Kong.

He Jiankui, cientista responsável.

 

Opnião da comunidade científica

A edição genética não foi vista com bons olhos pela sociedade chinesa e mundial. Segundo o G1, cerca de 120 cientistas apontaram essa tecnologia (CRISPS-Cas9) como arriscada, injustificada e contrária à boa reputação da comunidade biomédica chinesa em uma carta aberta.

Consequências

O hospital em questão negou ter participado ou autorizado de qualquer maneira a realização desse experimento pelo médico He Jiankui.  Ele estava desaparecido há mais de um mês mas teve seu paradeiro divulgado pelo New York Times em dezembro. O cientista está no alojamento DA Universidade de Ciência e Tecnologia do Sul da China, onde realizou as pesquisas para seu experimento.

Atualmente, He Jiankui é mantido sob forte vigilância mas não se sabe ao certo por quem (se pela Universidade, pelo governo chinês ou por outra organização interessada).